quinta-feira, 25 de setembro de 2014

PARTILHA DE EXPERIÊNCIA





Quero também compartilhar um pouco da minha experiência  como missionária católica, quando há 9 anos recentes, passei  cinco meses percorrendo o sertão de Minas, ajudando a um padre daquela região e dando assistência espiritual e física a um povo  bom e muito sofrido. Muita fome e muita sede, miséria e escravidão mantida em pleno século XXI, pela elite que se diz cristã e se “mostra” muito religiosa, mas que na realidade apenas usa a Igreja de forma tradicional colonialista, para servir os seus interesses. Eu e o padre, éramos ameaçados de morte e até sofremos um atentado quando vínhamos de uma missa na qual o padre havia homiliado sobre o Sermão da Montanha. Eu estava dirigindo o carrinho velho e fraco quando ao dobrar a esquina, uma moto foi jogada de encontro ao carro em toda a velocidade. O motoqueiro ainda deu alguns tiros, mas como estava desequilibrado ao saltar da moto e o carro ganhou uma velocidade que Deus deu naquele momento, acabamos por nos livrar. O caso foi levado ao Bispo daquela região que cuidou da ocorrência e não nos intimidamos em retornar àquele lugar. Quando vínhamos à noite por uma certa estrada particular de um quilombo, precisávamos ter cuidado para não atropelar crianças, idosos e mulheres embriagadas caídas na terra, por que naquele canavial que produzia cachaça, o patrão não lhes pagava com dinheiro, mas com “medo” e a fome os obrigava a “comer” cachaça à noite para trabalhar durante o dia. Quando fazíamos reunião nas míseras capelinhas que haviam nos povoados, éramos cercados de jagunços com rifle a tiracolo para nos intimidar. Hoje esta realidade ainda não está totalmente modificada  mas, as pessoas já não têm tanto medo, já estão bem mais esclarecidas e socialmente amparadas pelas políticas públicas dos dois últimos presidentes. Finalmente o Brasil “pulou” a cerca da escravatura em todos os sentidos. Mas é preciso consolidar esta conquista.  Esta  geração de eleitores recentes, nem conhece a história política e social do Brasil, até por que os mais velhos querem mais é esquecer e não fazem comentários. Mas esta política do passado, com hábitos colonialistas, demagogos, ainda continua sendo usada pelos herdeiros do “poder” que ainda lutam para voltar a implantar aquelas facilidades das quais gozavam as famílias dos antigos senhores fulanos de tal. Basta ver que o candidato mineiro a presidente, batizou uma filha durante a campanha, para se mostrar religioso aos olhos do povo. É isto que o eleitor deve  aprender : a sacar a demagogia, a deixar cair a ficha de imediato, a repudiar a velha política e o uso indiscriminado de Jesus Cristo. O pior tempo já passou para os brasileiros. Vamos fazer a nossa parte para que estas mudanças continuem e as futuras gerações sejam mais felizes. Por isto, desejo que você vá  exercer a sua cidadania com o coração, os olhos, a mente e todos os sentidos inflamados do amor de Cristo. Ele morreu por nós e a luta continua. Ser cristão é seguir a Cristo, amando ao próximo como a si mesmo. Primeiro, melhorar a sociedade sem rancor e sem  mágoas. Sem a ideologia populista de classes e poderes absolutos.  O olhar do cristão deve ser para  a frente e o caminhar ser com fé, bem estar, paz e tranqüilidade. O poder, é de Deus!

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